"Showtime, A-holes!" -Peter Quill
EU SABIA! O que foi a última coisa que eu disse no meu comentário sobre "Guardiões da Galáxia"? Eu disse que o segundo filme seria muito provavelmente sobre o pai do Peter e eu estava certíssima, yey! "Guardiões da Galáxia Vol. 2" se passa poucos meses após o primeiro e o grupo de desasjustados que todos amam agora já são conhecidos como o grupo que salvou o universo mostrando claramente que os filmes são coesos entre si. Não faz mais sentido ter um vilão aleatório, a motivação agora é pessoal e a profundidade que isso traz na história é muito bem vinda.
Algo que eu não quis abordar muito sobre o primeiro filme foi aquele final SUPER triste na qual Groot se sacrifica pelo time mostrando que eles realmente se tornaram uma família. No entanto, isso claramente repercurte nesse filme com a adição inesquecível da criatura mais fofa do universo: Baby Groot! Eu sorri tanto com essa fofura durante a cena de apresentação dos personagens principais que fiquei com a bochecha doendo o resto filme.
Falando sobre aquela cena, o que foi aquilo, Brasil? O timing de comédia durante toda a abertura foi fenomenal e a ação em segundo plano combina perfeitamente com o clima do filme. Além disso, ela também serve muito bem para mostrar a personalidade dos personagens para as possíveis pessoas que apesar de não terem visto o primeiro filme, acabaram no cinema assistindo o segundo.
No meu comentário sobre o primeiro, eu falei por cima sobre o quão fraquinho o vilão imediato (Ronan) era, agora, apesar de interessante o vilão foi sim previsível. Apesar de tentarem nos enganar com outros vilões menores, não se precisa ser um gênio para ver antecipadamente o twist no qual Ego (Kurt Russell), apesar de ser o pai de um dos mocinhos, é o grande antagonista. Dito isso, ainda é interessante a mensagem sobre família não ser sobre sangue e se você não ama um parente sanguíneo, está tudo bem. A verdadeira família de Quill é aquela que ele escolheu, os Guardiões, e o seu verdadeiro pai é o personagem que brilhou e me fez chorar MUITO nesse filme em específico apesar de ter aparecido no anterior, o querido Yondu.
Apesar da dualidade em sua relação, Gamora e Nebula são irmãs e esse longa é a prova disso. Eu me apaixonei completamente pela Nebula e o jeitinho dela, posso afirmar com certeza que você vai também, leitor. A atriz Karen Gillian tem um talento que me surpreende, afinal ela e a personagem são extremamente diferentes, mas mesmo assim a Nebula parece ser genuína. As emoções da personagem e a complexidade do psicológico da mesma são tão interessantes. Eu honestamente me emocionei e me preocupei com a mesma depois de ver tudo o que ele sofreu nas mãos do pai adotivo.
No entanto, enquanto os personagens supracitados deixam sua marca no filme, o personagem Drax é reduzido a um completo alívio cômico o que não seria de todo ruim se não houvesse uma insistência em piadas depreciativas por parte do mesmo direcionadas a nova personagem, Mantis. Ele se redimi no fim do segundo ato, mas, pelo menos para mim, isso não foi o suficiente para me fazer relevar todos os comentários em uma possível próxima vez na qual eu assistiria esse filme. Em contra partida, Mantis foi uma adição adorável ao grupo. Minha vontade era apertar aquele rostinho de tão fofa e amável que a mesma é, precisamos protegê-la a todo custo.
No lado técnico da coisa, a trilha sonora continua incrível e inserida na história de forma inteligente tendo até mesmo os personagens interagindo com a presença da mesma, o que eu considero um ponto positivíssimo. A direção de fotografia também se mantém de alto nível (me arrisco a dizer que até melhor do que no antecessor), tendo como destaque a cena que eu já comentei umas duas vezes aqui e a cena que eu particularmente amei onde o grupo tem uma caminhada em câmera lenta bem clichê, no entanto maravilhosa. Por último, mas não menos importante, os efeitos especiais que como sempre brilham nesse filme, mesmo com todas as esquisitices dos poderes do Ego.
Eu nunca fui lá a maior fã do casal Gamora e Peter (nada contra, mas nada a favor, sabe?), mas até eu preciso admitir que, nesse filme, os dois fizeram um ótimo par no quesito de realismo. Não colocar os dois logo de cara como um casal feliz mesmo depois de um filme inteiro no qual ambos claramente se interessam pelo outro foi algo que nem sempre seria feito num blockbuster, mas que eu apreciei bastante aqui porque cabe perfeitamente nos personagens, seu relacionamento e a vida que eles vivem.
Para encerrar, a minha parte favorito dos comentários: os detalhezinhos que ninguém mais se importa, mas eu amei, yey! Primeiro, a genialidade das naves soberanas por serem pilotadas remotamente. Apesar de não ser muito bem utilizado no plot, a ideia é incrível e eu fiquei super feliz de ela existir, afinal combina totalmente com a personalidade daquela raça. Além disso, a escolha criativa de deixar Quill fazendo a piada de perguntar sobre fita adesiva para os personagens como algo fora da câmera foi algo inovador e que me fez rir muuuito.
Em suma, o filme é sim muito bom e claramente tem seu próprio humor e tom separado do resto dos filmes da Marvel. Guardiões da Galáxia (tanto vol. 1 quanto vol. 2) é único e funciona sem os outros filme do universo.
Nota: 9.6
-Ass: Guardiã da Nanáxia
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