"Thor: I'll tell Father what you did here today.
Loki: I didn't do it for him."
Ok, vamos lá. Preciso confessar que eu não estava nem um pouco animada para outro filme do Thor, o primeiro foi um tanto quanto tedioso e meu grande medo era isso se repetir. Dito isso, eu fiquei um pouco mais entretida nesse filme do que no anterior. Claro que não é uma obra-prima ou coisa assim (está bem longe disso), mas eu estava mais investida na história do que antes e isso é inegavelmente um tipo de melhora. Só eu que sinto que o clima dos filmes do Thor são mega pesados comparado as outras franquias? Em Vingadores dava para ver que o personagem estava um pouco mais leve porque se não o contraste teria sido gritante. O que me traz certa esperança é tudo que tenho ouvido falar sobre "Thor: Ragnarok", me prometeram que é o melhor filme da linha do herói, então veremos.
Eu vou começar por alguns poucos detalhes, alguns me deixara feliz enquanto outros me fizeram olhar para a tela e questionar imensamente o porquê daquilo. Primeiro, eles insistem nessa porcaria de abrir o filme com voiceover! Céus, eu até consigo aceitar isso em um filme baseado em livro ou até mesmo no primogênito, mas no segundo filme? Fala sério! É ridículo que eles tenham feito isso e fica ainda pior com o fato de que, mais tarde no filme, Odin explica tudo o que a gente precisa saber DE NOVO. Ugh!
Apesar disso, outro detalhe me animou. Algo simples que eu nunca teria pensado que precisava e que a maioria das pessoas provavelmente ignorou foi o fato de que os Elfos Negros tinham sua própria língua. Algo que muitas vezes me incomoda em filme americanos é que, não importa onde a história se passa, todo ser fala inglês. Cara, não! A gente vive em um mundo tão diverso em linguagens e eu entendo que a maioria dos personagens, mesmo sendo deuses nórdicos, têm que falar em inglês por conta da nacionalidade do filme. No entanto, outras criaturas estrangeiras (como os Elfos Negros) são "a desculpa perfeita" para utilizar uma língua nova. Se tem algo que nerds e geeks como eu gostam é algo cultural daqueles personagens para que nos apeguemos. Um grande exemplo disso é a constante piada em "The Big Bang Theory" sobre os personagens (que são nerds) falarem uma língua de uma franquia que eles gostam. Isso é algo muito legal e muito realístico em nossa sociedade, a maioria de nós fica animado com línguas diferentes e aprender algo sobre ela. Agora, eu não terminei o filme querendo falar a língua deles nem nada do tipo, mas a existência da mesma me fez inconscientemente saber que aqueles personagens são forasteiros, eles não fazem parte daquilo que conhecemos.
Um terceiro ponto em "Thor: O Mundo Sombrio" que me agradou demais é essa visão científica que a personagem Jane pode nos proporcionar durante o início do filme. Ok, eu sabia que estava assistindo um filme sobre deuses nórdicos o que, até onde eu sei, é totalmente irrealístico. No entanto, esse toque de ciência em meio a um mundo de completa ficção chamou minha atenção por me fazer acreditar que talvez poderia ser real. A ciência é algo que faz sentido, não é uma questão da sua opinião e sim de algo comprovado, por isso, misturar esse fator com algo ficcional me agrada muito.
Loki. Eu preciso falar mais alguma coisa? Tom Hiddleston (COMO SEMPRE) arrasou no papel, aquele homem é incrível e nenhuma outra pessoa conseguiria fazer o vilão se tornar tão carismático. Não importa quantas vezes ele trai o Thor, continuamos o amando. Ele é com toda certeza um personagem dúbio. Sim, ele é um vilão. No entanto, ele também consegue ser "bom" quando quer, assim como vimos nesse filme. As motivações dele são individualistas, mas a personalidade e o passado dele faz com que a audiência não o julgue 100% por isso. Eu poderia passar 2 horas apenas falando dele, mas não vou porque ninguém iria querer ler. Vou me contentar em dizer que o fator nem total bom e nem total mal do Loki foi MUITO bem feito, algo que outras franquias grandes (kof kof Snape kof kof Harry Potter) não conseguiram fazer. Não importa a merda que ele fez, continuamos o perdoando. Loki pode ser uma pessoa melhor, Loki não é o mal, mas sim alguém imprevisível que, no fundo, não passa de uma pessoa sofrendo.
Por outro lado, esse nível de complexidade e carisma de Loki tende a roubar a cena, deixando o deus do trovão em segundo plano. Chris Hemsworth tem um potencial gigante, o ator é incrível e muito carismático. Mesmo assim, o personagem não traz a mesma fascinação. Pelo amor de Odin, deixa aquele homem mostrar tudo o que ele tem a oferecer! Eu tenho certeza que as pessoas iriam adorar, eu sei que eu iria.
Depois dos filhos, é hora de falar sobre a mãe. Rene Russo faz o papel de Frigga, a mãe dos nossos meninos que, até esse filme, era completamente esquecível. Eu juro que aquela mulher estava brilhando tanto que meus olhos até arderam. O nível de sabedoria que a personagem trouxe foi impactante na história. Sem ela, o vilão teria provavelmente atingido seu objetivo. Para mim, a verdadeira heroína do filme foi mama deusa. A relação dela com ambos os filhos apertou meu coração de forma incontrolável e a morte da mesma foi tão importante e impactante que meus olhos chegaram a umedecer durante o funeral. Uma mulher forte assim era algo totalmente necessário para essa linha de história da marvel depois do erro tremendo que eles têm cometido com o interesse amoroso do herói principal, Jane. Não vou entrar em muitos detalhes, mas me contento em dizer que fiquei feliz ao ouvir que a atriz não continuou a fazer o papel.
Por outro lado, apesar de odiar Jane Foster, eu amo a melhor amiga dela, Darcy. O carisma da personagem é maravilhoso e eu rachei de rir em todos os momentos com ela. O melhor de tudo é o quão natural e divertida a adição de um par romântico para a mesma foi, eu simplesmente adorei o casal. O que me deixou triste de saber que não verei mais a Jane, foi a conclusão de que isso também significa nada mais de Darcy. Irei sentir falta da mesma, irei mesmo.
Falando em personagens relacionados a Jane que eu gosto, preciso citar a tentativa que a mesma fez de colocar outra cara na vida romântica dela. Eu não faço a menor ideia de como o moço se chamava (att: Ele se chamava Richard e o ator era o Chris O'Dowd), mas eu sei que, nos poucos minutos que ele apareceu, gostei mais dele do que da própria Jane. Acho que vou shippar ele e o Thor, simplesmente porque os dois merecem algo melhor do que aquela mulher.
Em suma, o filme teve alguns pontos terríveis, mas seus pontos bons são tão fortes que eu consegui ver além do ruim e me divertir. Definitivamente melhor que o primeiro (apesar da clara piora no quesito vilão) e minhas expectativas se encontram altas para que a melhor continue sendo progressiva.
Nota: 7.9
-Ass: Chefe do Fã Clube do Carinha do Encontro
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