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Iron Man (2008)

   

"Sometimes you gotta run before you can walk" -Tony Stark



       Tecnologia, ação, uma pitada de romance e muito Robert Downey Jr. Esses foram os principais ingredientes escolhidos para criar as meninas super poderosas o filme "Homem de Ferro"!  O grande início do MCU foi, com toda certeza, empolgante. Nessa minha jornada desbravando esse vasto universo, esse foi o primeiro filme que me fez levantar da cadeira de tanto nervosismo nos momentos de ação. A coreografia da ação casa perfeitamente com as particularidades tecnológicas da vida do nosso querido Tony, afinal, em meio a tudo aquilo, eu não estava nem um pouco interessada em ver humanos saindo na porrada. Só eu? Uhn, ok...

       Outro ponto do filme que eu simplesmente adorei foi a relação Pepper e Tony.  A relação que poderia ter facilmente se mantido dentro do clichê "chefe e assistente" ou "bad boy que no fundo tem um coração bom e só a mocinha vê". Claro que eu sou o tipo de pessoa que curti esse tipo de romance, afinal 16 anos e zero de vida amorosa te trazem um apego aos clichês. No entanto, a relação entre os dois não ser a causa da melhora de Tony foi um ótimo ponto na história e o grande nível de autoestima de ambas as partes (Opa, ego Stark, tudo bom, meu anjo?) traz um ótimo dinamismo. A química entre os atores (Robert Downey Jr. e Gwyneth Paltrow) é clara e, até onde eu sei, se mantém ao longo dos próximos filmes o que deixa meu coração de shipper muuuuito feliz.
       Alguém aí se lembra da minha teoria quanto a receita Marvel incluir "parte 1: Tornando-se herói" e "parte 2: Derrotando o vilão"? Porque esse filme confirma essa ideia. A duração é de 2 horas e 6 minutos (incluindo créditos) e, exatamente na metade (1 hora e 3 minutos), temos a primeira "saidinha" da armadura. Além de ser um momento super legal, somos apresentados de forma sutil a algo que vai ser importante lá na briga final, o famoso foreshadowing que toda pessoa curiosa ou investigativa ama.
       Quanto ao vilão, o plotwist apesar de ser previsível (levanta a mão quem nunca viu o amigo do mocinho ser o vilão num filme...Ninguém? Imaginei.) ainda é legal. A ideia de ter a própria empresa se voltando contra o nosso protagonista traz um ponto importante para fazer com que o mesmo reveja seus ideias. Além disso, toda a questão da indústria bélica continua MUITO relevante hoje em dia e não só para os estadunidenses (Oi, brasileiros!).
       Uma das primeiras "leis" da indústria do entretenimento é a muita conhecida "Show, don't tell" (Mostre,  não diga). "Homem de Ferro" faz isso maravilhosamente bem já que, em apenas cinco minutos de filme, já sabemos todos os pontos principais sobre o nosso futuro herói e o principal problema da primeira parte sem que haja necessidade de qualquer tipo de narração ou diálogo feito para o público (aqueles onde um personagem explica algo que os outros claramente já sabem, mas a gente não) o que é muito bom.
       Além do próprio Homem de Ferro e a incrível Pepper, um dos personagens que mais me cativou foi Rhodes (o futuro "Máquina de Combate" pelo que ouvi falar). Ele foi interpretado por Terrence Howard e eu preciso confessar que fiquei decepcionada ao descobrir que ele foi trocado nos filmes seguintes. O toque cômico sem perder a seriedade de coronel (além da clara sensação de irmão mais velho para o Tony) fez com que os momentos na tela em que James Rhodes aparecesse tivessem 100% da minha atenção. Sério, aquele "Quem sabe na próxima" que o personagem diz ao ficar sozinho com a outra armadura de ferro me deu arrepios de tão daora que foi.
       Outro personagem secundário pelo qual eu me apeguei apesar do pouco tempo de tela foi Yinsen, aquele doutor que estava preso junto com o Tony e ajudou muito (sem ele, não ia sobrar Tony, sério). Em apenas um terço de filme, eu me apeguei por Yinsen o suficiente para que uma lágrima solitária caísse do meu olho no momento de sua morte (poético, não?).
       Um detalhe que, na posição de adolescente vivendo nos dias atuais, me fez rir foram os celulares usados pelos personagens. Tanta tecnologia e mesmo assim o ricasso do Stark estava usando um celular "de tecladinho". Em 2008, isso deve ter parecido normal, mas hoje? Esse aspecto do filme (supostamente mega tecnoloógico) não envelheceu muito bem e provocou essa leve ironia na aparência do filme.
       Agora, a melhor cena do filme todo, a frase que ninguém consegue tirar da cabeça depois de assistir, o momento onde Tony Stark bota a cara a tapa, o inesquecível "Eu sou o Homem de Ferro". Sério, se isso não é terminar um filme com chave de ouro, então eu não sei o que é. Ir contra as recomendações da S.H.I.E.L.D e contar para o mundo o seu grande segredo, foi algo super impulsivo por parte do Tony, mas na visão de expectador foi o auge.
       Em suma, "Homem de Ferro" foi o filme do MCU que eu mais gostei até agora (se bem, que três filmes não é lá muita coisa, né? Mas fazer o que). Tem tudo que um ótimo filme de herói, para mim, precisa e eu com certeza entendo o sucesso que a Marvel teve nos cinemas depois de um início único e incrível como esse.

Nota: 9



-Ass: I am (not) Iron Man🤷

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